Amor Materno: uma construção diária

  • 25 maio

Amor Materno: uma construção diária
Provavelmente você já deve ter ouvido a frase: “Ser mãe é um amor louco, que chega dói”, “É o maior amor do mundo!”, entre outras falas associando o “Amor de Mãe” como algo extraordinário e maravilhoso que “brota” com a maternidade e, mais ainda, com o nascimento do bebê.

No entanto, poucas pessoas ressaltam que esse amor não é instantâneo, o que pode gerar sentimentos ruins nas mães, fazendo com que se sintam culpadas, inadequadas, diferentes e até inferiores. Às vezes até se questionam se há algo errado com elas.

A decisão de ter um filho; a surpresa de uma gravidez inesperada; o processo de gestação, desejada ou não; a complexidade emocional do parto e as adaptações e mudanças do puerpério envolvem inúmeras variáveis, vários processos complexos, ou seja, a maternidade é uma transição com alto potencial de vulnerabilidade psíquica.

Tudo isso já é muito complexo e é completamente injusto com a mãe essa imposição social de que o “Amor de Mãe” é algo instantâneo, como se “Tornar-se Mãe” fosse a garantia de um Amor Incondicional e Surreal.

O amor é um sentimento e, como todos os sentimentos, envolve um processo de construção, envolve tempo e investimento de energia. Nem sempre basta desejar a maternidade, nem sempre basta ter uma rede de apoio, para se ter a garantia desse Amor que a sociedade associa a Mãe.

E não, não há algo errado com você se o Amor Materno não surgiu com o positivo ou com o bebê nascendo.

Se permita passar por toda essa transformação, que pode envolver sentimentos bons e ruins;
Se permita se construir enquanto mãe e se reconstruir enquanto mulher;
Se permita se conhecer nessa nova realidade;
Se permita conhecer o seu filho;
Se permita viver, mesmo diante de toda insegurança e incerteza que o nascimento de um filho lhe traz;
Se permita conhecer suas dificuldades e limites;
Se permita pedir ajuda;
Se permita e se cobre menos…

O Amor Materno é uma construção diária!

Esse processo de transição é desafiador, mas você não precisa vivê-lo sozinha. O Pré Natal Psicológico e o Acompanhamento Psicológico pode te ajudar.

Marina Nunes
Psicóloga Obstétrica
Membro da Organização De Umbiguinho a Umbigão
CRP 09/7174
@marinanunespsiobstetrica

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