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Posts tagged: RAÇA

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Cor de pele. Brincadeira ou preconceito?

23 de fevereiro de 2022
by voltz com Sem comentários Blog

Ainda me lembro de uma criança que atendi no meu consultório, cuja queixa era de que não queria mostrar a própria cor. Assim, mesmo debaixo de 40graus usava roupas de mangas compridas por temer as brincadeiras de mau gosto.

De início disse que não gostava de ir para a escola, depois afirmou que os professores não gostavam dela, e, finalmente confessou sobre o bullying que estava sofrendo.

Brincadeira ou preconceito? O preconceito aparece como um modo de relacionar-se com “o outro” a partir da negação ou desvalorização da identidade de alguém e da supervalorização ou afirmação da própria identificação.

As crianças estão construindo e vivenciando o preconceito racial em suas relações sociais, incluindo família e escola, aprendendo a noção de que diferenças corporais em aparência assinalam diferenças em potencial e valor que, por sua vez, legitima injuriosas distinções entre raças.

Assim por meio de disfarces como gozações e xingamentos, tidos como brincadeiras as crianças começam a atribuir características negativas a algum grupo racial mesmo que impensadamente, no sentido de inferiorizá-lo.

Algumas falas de crianças revelam a existência de atitudes negativas em relação à cor da pele. É comum se ouvir alguns estereótipos como: “preto é feio, preto parece “diabo”, lembra “ladrão”, é igual “carvão”, parece “macaco”.

Esse tipo de “brincadeira” característica da socialização infantil ao ser considerada “coisa” de criança pelos adultos torna-se, um eficiente mecanismo social de aquisição, consolidação e objetivação de preconceitos. Quando se pergunta para a criança porque ela ou ele xingou ou gozou um colega ela ou ele afirmam ser apenas uma brincadeira.

Essa violência, muitas vezes, mascarada, quase sempre impune, é considerada menos grave, porque não traz consequências visíveis no corpo. Entretanto, os danos geralmente psicológicos e/ou morais atingem a autoestima da criança.

Mas qual é a origem disso tudo? As crianças adquirem consciência das diferenças raciais, em média, dos três aos cinco anos, e, com o tempo, passam a atribuir julgamentos aos diferentes grupos, com base na observação do meio em que vivem.

Muitas vezes a atitude preconceituosa encontra-se dentro de casa. Quando uma criança de três, quatro anos diz que a babá é preta e feia, ela também quer ver a reação dos pais e da própria babá. É um teste de limites, uma busca para saber o que é certo e errado.

Outras vezes, sem perceber, quando a mãe aperta a mão a criança ao se deparar com um negro atravessando a rua, pode estar passando para a filha sinais de discriminação. Outras vezes, ao se encontrarem com uma pessoa branca e outra negra, geralmente os pais beijam a primeira e não a segunda. Atitudes como essas são suficientes para que a criança capte os sinais não verbais de discriminação.

Nada passa despercebido pela criança, mesmo a influência da mídia.  Geralmente as bonecas mais badaladas e as princesas dos contos de fada são loiras e de olhos azuis. A ênfase dada pelas crianças ao aspecto estético, distinguindo entre o que é feio e o que é bonito, já sugere o desenvolvimento do preconceito racial visual. Desde muito cedo a criança aprende, por exemplo, que cabelo liso é que é cabelo bonito e esse padrão é reforçado, uma vez que, parecem ser raros, senão inexistentes, elogios ao cabelo crespo durante a infância.

Por outro lado, sabe-se que as brincadeiras e as brigas são fenômenos particularmente importantes da socialização das crianças e que ocorrem na escola de diversas formas. Assim, mesmo que os pais não sejam, ou não se vejam como- preconceituosos, seus filhos podem surpreendê-los com ofensas e xingamentos a alguém que apresente alguma diferença.

O que fazer, portanto para ajudar seu filho a conviver com as diferenças?

A omissão é pior ingrediente que se pode assumir e pode reforçar os preconceitos.

É preciso estar muito atento porque, muitas vezes, os xingamentos são velados e acontecem longe dos olhos dos pais e educadores. Assim se por acaso seu filho for acusado de praticar a discriminação, procure investigar os fatos, pois você pode estar reforçando a “mentira” dentro de sua própria casa. Compreenda o significado de sua atitude.

Compreender não quer dizer deixar para lá, mas acolher os sentimentos e ensinar a criança a pensar sobre aquilo. E, que fique claro: mandar pedir desculpas nunca é demais. Por detrás da brincadeira pode existir um grande preconceito.

Por outro lado, se por acaso o seu filho for a vítima, preste atenção no que ele relata. Diante de uma intimidação, ele pode se calar. Fiquem atentos a alterações emocionais e de comportamento.

Enfim, utilize o acontecimento discriminatório como um campo propício e básico para a formação e desenvolvimento de aceitação social. Ajude o seu filho a discriminar entre brincadeira e preconceito. Mas para isso, reveja os seus próprios valores.

O que achou do texto? Nós temos uma pós que aborda assuntos como este, a Especialização em Atendimento a Crianças e Adolescentes que está com as vagas abertas, confira nosso site e faça sua inscrição!

Autor: Virginia Suassuna

ig do autor: @virginiasuassuna

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