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TAB e Sono.

O Transtorno Afetivo Bipolar é um quadro que se caracteriza por variações de humor de amplitude maior do que as esperadas no resto da população. Todas as pessoas passam por variações de humor. A reação de ambiente, fatores genéticos, personalidade, temperamento e processamento cognitivo irá levar invariavelmente a uma resposta no humor. Os pacientes com TAB no entanto poderão passar por isso de forma mais intensa. Depressão caracteriza-se por episódios de menos vontade de realizar tarefas, perda de sentido e prazer em atividades antes prazerosas, sono exagerado, choro, sentimento de menor valia, desaceleração na atividade cognitiva, angústia, diminuição da libido, ideação suicida, negligência com o autocuidado, dificuldade de concentração, alucinações, problemas de memória e ansiedade.

A mania caracteriza-se por euforia, agitação, labilidade emocional, irritação, sentimentos de menor valia, desinibição, confusão, impulsividade, pressão de fala aumentada, pensamentos acelerados, hábito de assumir vários compromissos e não concluí-los, sintomas psicóticos, delírios e aumento da libido. Há uma séria diminuição na capacidade de dormir. O modo de se vestir pode ser alterado para roupas mais coloridas, mais jóias, mais maquiagem ou roupas mais decotadas. A impulsividade por compras podem colocar em risco a saúde financeira do paciente.

Vários estressores podem levar o paciente a episódios depressivos, maníacos e inclusive mistos, com sintomas psicóticos ou não. Um fator estressor muito importante é justamente a privação de sono. Ou seja, a falta de sono além de ser um sintoma na mania ela pode piorar o quadro do paciente. Irritar neurônios nunca é uma boa ideia. E nada faz pelo cérebro o que uma noite boa de sono é capaz de fazer. O quadro se transforma em um efeito dominó quando o próprio TAB dificulta o sono. Normalizar o ciclo circadiano se torna um objetivo terapêutico importantíssimo. É durante as horas de sono que são produzidos neurotransmissores, substâncias produzidas pelo metabolismo são retiradas, novas conexões cerebrais são fixadas e o cérebro se prepara para o tempo da vigília.

Dr. Júlio R. Protásio

Médico Pós-Graduado em Psiquiatria

@drjulioprotasio

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Você sabia que o autismo já foi confundido com esquizofrenia pela psiquiatria?

Você sabe por que a esquizofrenia era chamada de dementia praecox?

O primeiro psiquiatra que cunhou o termo autismo foi Eugen Bleuler (1857-1939).

O psiquiatra suíço nasceu em uma cidade chamada Zollikon e nomeou também a esquizofrenia. Era um notável estudioso da esquizofrenia, antes chamada de dementia praecox. Cunhou o novo termo para a condição buscando um termo menos estigmatizante e também que explicasse melhor um quadro que nem sempre resultava em demência precoce. Em seus estudos ele encontrou pacientes que apresentavam falha na correspondência emocional, apatia e uma falta de volição. Esses sintomas podem estar presentes na esquizofrenia. Como ele saberia que há dois transtornos distintos?

Mesmo versões anteriores do DSM encaixavam o autismo junto à esquizofrenia. Isso muitos anos depois do psiquiatra suíço. Para Bleuler o autismo era uma fuga da realidade associada a um quadro de retraimento interior dos esquizofrênicos.

As semelhanças conceituais são notórias, mas o autismo não apresenta sintomas psicóticos. A esquizofrenia não tratada realmente leva a um quadro de apatia emocional profundo.

No entanto, o desenvolvimento da medicina resultou na descoberta de antipsicóticos. Medicações que caso usadas pelo esquizofrênico de maneira adequada o paciente pode ter uma expectativa de funcionalidade e qualidade de vida maior do que no autismo em uso das mesmas medicações. É usado antipsicóticos para autistas? Sim. Mas não por ser um tratamento padronizado, mas para conseguir tratar sintomas e condições pontuais que vem junto ao autismo como irritabilidade e descontrole emocional. Mesmo assim, todo prescritor sabe que tais sintomas não melhoraram satisfatoriamente.

Continuando a evolução histórica do diagnóstico de autismo, chegamos a Kanner em 1943. Em um estudo com 11 crianças de 2 a 11 anos onde descreveu suas análises no artigo Distúrbios autísticos do contato afetivo. Kanner em 1949 falava em “autismo infantil precoce”. Na época a confusão entre diagnósticos era tão presente que não se pensava no autismo como algo que surja desde a gestação.

Em 1950 Kanner decidiu separar o autismo de esquizofrenia infantil.

Enquanto Kanner mantinha seus estudos sobre autismo, um médico austríaco chamado Hans Asperger observava crianças com quadro semelhante ao autismo de Kanner mas com maior inteligência e maior capacidade de comunicação.

Kanner juntamente com Eisenberg descobriram que o autismo pode surgir depois de um desenvolvimento normal da criança, ou considerado normal pelos pais, médicos e cuidadores. Em algum momento da discussão sobre as causas do autismo Kanner cunhou o termo “mães-geladeira” atribuindo às mães uma privação emocional. Depois o mesmo buscou retratar tal definição que causou muito sofrimento entre várias famílias. Hoje sabemos que o autismo é um transtorno cerebral que independe de questões étnicas, culturais ou sociais. O tratamento do paciente autista começa no diagnóstico precoce com entrevista da família, anamnese da criança e busca do relato dos cuidadores, passa pelo tratamento da família, continua no trabalho com cada pessoa que entra em contato com a criança (social).

Quero ressaltar algo muito importante, o principal no tratamento do autismo é diminuir o impacto negativo sobre a família e o paciente. A sociedade pode contribuir para que o autista tenha vida plena. Na verdade, considero que isso é um dever de todos!

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Dr. Júlio Protásio

CRM 21044

@drjulioprotasio