Transtornos mentais e a psicanálise: Neurose, psicose e perversão

  • post publicado em 06/08/24 às 18:35 PM
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Transtornos mentais e a psicanálise: Neurose, psicose e perversão

A teoria psicanalítica de Freud distingue entre três principais formas de transtornos mentais: neurose, psicose e perversão. Na psicose, a pessoa experimenta uma ruptura com a realidade, incluindo sintomas como delírios, alucinações, pensamento desordenado e comportamento bizarro.

As neuroses são caracterizadas por conflitos emocionais não resolvidos que se originam na infância, e que podem causar sintomas como ansiedade, fobias, compulsões, depressão e sintomas físicos sem causa orgânica. O tratamento das neuroses na psicanálise envolve a exploração desses conflitos e o trabalho para trazer à consciência do paciente os pensamentos e sentimentos reprimidos que estão por trás dos sintomas.

Já as psicoses são transtornos mentais mais graves, nos quais a pessoa perde contato com a realidade. Os sintomas incluem delírios, alucinações, pensamento desorganizado e comportamento bizarro. Na psicanálise, o tratamento das psicoses é mais desafiador e, em geral, envolve a utilização de medicação em conjunto com a psicoterapia para ajudar o paciente a estabilizar a sua condição. A abordagem psicanalítica para as psicoses é menos exploratória do que no caso das neuroses, e se concentra mais em ajudar o paciente a reconstruir um senso de realidade e a lidar com seus sintomas de forma mais adaptativa.

s diferenças entre neurose, psicose e perversão são importantes na psicanálise e refletem diferentes tipos de transtornos mentais.

A neurose é um distúrbio psicológico que causa sofrimento emocional e se manifesta em sintomas como ansiedade, fobias, compulsões, obsessões, depressão e sintomas físicos sem causa orgânica. Ela é causada por conflitos emocionais não resolvidos que se originam na infância e envolvem a repressão de impulsos e desejos. O tratamento da neurose na psicanálise envolve a exploração desses conflitos e a busca por uma resolução desses conflitos por meio da fala.

A psicose é um distúrbio mental mais grave que causa perda do contato com a realidade e uma alteração na percepção da realidade. Os sintomas da psicose incluem delírios, alucinações, pensamento desorganizado e comportamento bizarro. Na psicanálise, a psicose é vista como uma falha no processo de diferenciação entre o Eu e o mundo exterior, resultando em uma perda de contato com a realidade e um colapso do senso de identidade. O tratamento da psicose na psicanálise é mais desafiador do que no caso da neurose e, em geral, envolve o uso de medicação em conjunto com a psicoterapia para ajudar o paciente a estabilizar sua condição.

A perversão, por sua vez, é um distúrbio sexual caracterizado por desejos e comportamentos sexuais atípicos ou não convencionais que são associados a um grau de sofrimento ou prejuízo para a pessoa ou para outras pessoas envolvidas. As perversões podem incluir comportamentos como voyeurismo, exibicionismo, masoquismo e sadismo. Na psicanálise, a perversão é vista como uma forma de defesa contra a ansiedade e a angústia, e pode ser tratada por meio da exploração dos desejos e conflitos que estão por trás desses comportamentos.

Na psicanálise, o termo perversão é utilizado para descrever comportamentos sexuais considerados desviantes ou fora do padrão socialmente aceito. Esses comportamentos incluem, por exemplo, a exposição indecente, a pedofilia, o voyeurismo, o masoquismo, o sadismo, entre outros.

A perversão é entendida pela psicanálise como uma forma particular de organização da sexualidade, que se caracteriza por uma inversão dos papéis tradicionais de gênero e por uma tendência a procurar o prazer em situações que não são consideradas normais ou saudáveis.

Segundo a teoria psicanalítica, a perversão tem origem na infância, em experiências traumáticas ou na falta de adequada resolução do Complexo de Édipo, que é um processo psíquico que ocorre na fase fálica da infância, em que a criança desenvolve seus desejos sexuais e atração pelo genitor do sexo oposto.

A psicanálise considera que a perversão é um tipo de defesa contra a angústia e o medo gerados pelo desejo sexual, que pode estar associado a experiências traumáticas vividas na infância. O comportamento perverso seria uma forma de evitar a angústia gerada pelo desejo, deslocando-o para objetos ou situações que não ameaçam a integridade do sujeito.

O tratamento da perversão na psicanálise pode ser longo e difícil, pois envolve a análise das experiências traumáticas da infância e a busca por novas formas de lidar com o desejo sexual. A análise também pode envolver a exploração da relação do paciente com o analista e a compreensão das dinâmicas psíquicas que levaram à formação da perversão.

É importante ressaltar que a psicanálise não considera a perversão como uma patologia ou doença mental, mas sim como uma forma particular de organização da sexualidade. O objetivo do tratamento não é eliminar a perversão, mas sim ajudar o paciente a lidar de forma mais saudável com seus desejos e impulsos sexuais, de forma a melhorar sua qualidade de vida e seus relacionamentos interpessoais

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Dr .Danilo Suassuna

CRP 09/3697

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Danilo Suassuna
Danilo Suassuna

Pós doutorando em Educação, Psicoterapeuta há quase 20 anos, é psicólogo, mestre e doutor em Psicologia pela PUC-GO. Especialista em Gestalt-terapia pelo ITGT – GO. Foi professor da PUC-GO e do ITGT-GO entre os anos de 2006 e 2011.

É CEO, membro fundador e professor do Instituto Suassuna (IS-GO) e membro do Conselho Consultivo da Revista da Abordagem Gestáltica: Phenomenological Studies (RAG), além de consultor Ad – hoc da Revista em Psicologia em Revista (PUC-Minas).

É autor dos livros: – Histórias da Gestalt – terapia no Brasil – Um estudo historiográfico – Organizador do livro Renadi: a experiência do plantar em Goiânia – Organizador do livro Supervisão em Gestalt-Terapia, bem como autor de artigos na área da Psicologia.