

A saúde mental no Brasil vive um momento de avanços significativos, mas também de desafios profundos. A 13ª edição do relatório “Saúde Mental em Dados”, publicada pelo Ministério da Saúde em 2024, revela que o país ampliou de forma expressiva a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) nos últimos dois anos. Ainda assim, milhares de brasileiros continuam adoecendo sem acesso rápido e qualificado ao cuidado psicológico, especialmente em regiões onde faltam profissionais capacitados e serviços estruturados.
O documento, elaborado pelo Departamento de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas (DESMAD), traz dados abrangendo o período de 2014 a 2024, com alguns indicadores desde 1998. Ele aponta um crescimento de mais de 10% da RAPS entre 2023 e 2024 e um reajuste orçamentário de 38%, mas também revela desigualdades regionais e áreas críticas que exigem atenção imediata.
Ouça aqui o resumo do relatório sobre Saúde Mental
O retrato da Rede de Atenção Psicossocial
Segundo o relatório, o Brasil ultrapassou 3.000 CAPS habilitados (3.019, distribuídos em 2.007 municípios), com um índice de cobertura de 1,13 CAPS por 100 mil habitantes, um dos maiores do mundo.

No entanto:
- 484 municípios elegíveis ainda não possuem CAPS.
- Regiões inteiras, como partes da Amazônia e Nordeste, têm cobertura muito abaixo da média nacional.
- Estados como Amapá, Amazonas, Maranhão e Mato Grosso não têm nenhum leito de saúde mental habilitado em hospitais gerais.
A rede também enfrenta desafios na atenção hospitalar: o Brasil conta com 2.116 leitos de saúde mental em hospitais gerais, mas isso representa apenas 22,89% da meta estabelecida pelo próprio Ministério da Saúde.

Como as pessoas estão adoecendo
O aumento das demandas por saúde mental está ligado a múltiplos fatores: crises econômicas, desigualdade social, violência, uso abusivo de álcool e outras drogas, isolamento social e consequências da pandemia.
O relatório também evidencia que:
- As equipes de Consultório na Rua cresceram 122,5% desde 2014, atendendo uma população em situação de extrema vulnerabilidade, com altos índices de sofrimento psíquico.
- A atenção primária em municípios com menos de 15 mil habitantes concentra a maior parte do cuidado, mas sem suporte especializado suficiente.
- A redução de leitos em hospitais psiquiátricos foi de 57% em 10 anos — o que é positivo do ponto de vista da Reforma Psiquiátrica, mas aumenta a necessidade de serviços comunitários bem estruturados.

Áreas da Psicologia onde faltam profissionais capacitados
A leitura dos dados aponta para carências claras:
- Psicologia Clínica em contextos de crise – CAPSi, CAPS III e CAPS AD III ainda são insuficientes em muitos territórios.
- Psicologia da Saúde e Hospitalar – faltam psicólogos preparados para atuar em hospitais gerais e integrar o cuidado.
- Psicologia Perinatal e Obstétrica – necessária para melhorar a saúde materno-infantil em regiões desassistidas.
- Reabilitação Neuropsicológica e Avaliação Psicológica – essenciais para reinserção social e diagnóstico preciso.
- Psicologia Comunitária e na Atenção Primária – para territórios sem CAPS ou com estrutura reduzida.
Como o Instituto Suassuna atua para mudar esse cenário
O Instituto Suassuna se posiciona como o lugar do psicólogo atuante, formando profissionais que não apenas recebem um diploma, mas estão prontos para transformar realidades.
Pós-graduações com matrículas abertas alinhadas às necessidades da RAPS:
- Psicologia Clínica: Abordagem Gestáltica Ampliada
- Psicologia da Saúde e Hospitalar
- Psicologia Perinatal e Obstétrica
- Reabilitação Neuropsicológica
- Análise do Comportamento Aplicada (ABA)
Programas e iniciativas institucionais:
- Todos Cuidados – ação social que leva psicologia de qualidade a comunidades vulneráveis.
- Congressos e eventos, como Me Formei! E Agora?, que conectam jovens psicólogos à prática profissional real.
- Ações sociais e participação em políticas públicas – como a atuação no Congresso Nacional para regulamentar a Lei “Todo Parto Importa”.
Com essa atuação integrada, o Instituto contribui diretamente para reduzir os vazios assistenciais apontados no relatório e fortalecer a rede de saúde mental com profissionais preparados, éticos e engajados.
O compromisso com o cuidado em liberdade
Assim como o relatório enfatiza que a política de saúde mental é um processo civilizatório baseado em Direitos Humanos, o Instituto Suassuna constrói sua missão sobre a valorização do cuidado em liberdade e a presença efetiva do psicólogo nos territórios.
Formar psicólogos para atuar com sensibilidade social, visão clínica apurada e capacidade de integrar redes de cuidado é fundamental para reduzir o adoecimento mental no Brasil.
Conclusão
Os números mostram avanços, mas também revelam lacunas urgentes. Sem profissionais capacitados e comprometidos com o território, a rede não consegue atender à crescente demanda.
O Instituto Suassuna se coloca como parte ativa dessa transformação — e o próximo passo pode ser o seu.
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