Reprodução Humana: Flow da família

  • post publicado em 23/10/24 às 09:06 AM
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Reprodução Humana: Flow da família

A reprodução humana é uma área da medicina que tem evoluído significativamente, permitindo que muitos casais realizem o sonho de se tornarem pais. No entanto, essa área é frequentemente cercada por debates éticos e religiosos, com alguns críticos afirmando que ela representa uma forma de “brincar de Deus”. Contudo, é fundamental entender que a reprodução assistida não deve ser vista dessa maneira. Em vez disso, deve ser compreendida como um esforço para imitar os processos naturais, sempre com profundo respeito pela vida e pelo desejo genuíno das famílias.

Os profissionais que atuam na área de reprodução humana, como médicos, embriologistas e psicólogos, desempenham um papel essencial como facilitadores do processo reprodutivo. Eles não criam vida do nada, mas trabalham para criar condições favoráveis para que a concepção ocorra, utilizando técnicas e tecnologias avançadas para apoiar a fertilização. Como dizem alguns especialistas, “Não fazemos nada, ajudamos em um processo”. Essa frase resume bem a função desses profissionais: eles estão ali para auxiliar, facilitar e apoiar um processo natural, guiados pelo conhecimento científico e pela ética profissional.

O Papel da Psicologia na Reprodução Assistida

Dentro desse contexto, o papel da psicologia é igualmente vital. A jornada pela reprodução assistida pode ser emocionalmente desgastante, com altos e baixos que afetam profundamente o estado mental dos envolvidos. A psicologia entra em cena para ajudar o casal a compreender o processo, lidar com as expectativas e, principalmente, trabalhar na manutenção de um estado emocional positivo e saudável.

Quando falamos em estado emocional, estamos nos referindo à energia emocional e mental que o casal traz para o processo de reprodução assistida. Essa vibração é moldada por vários fatores: a esperança de um resultado positivo, o medo do fracasso, as pressões sociais e familiares, e até mesmo as crenças pessoais e espirituais. Manter uma vibração alta—ou seja, uma atitude mental e emocional positiva—pode fazer uma diferença significativa na experiência do casal, ajudando-os a enfrentar os desafios com mais resiliência e serenidade.

Por exemplo, a ansiedade é uma emoção comum durante o tratamento de reprodução assistida. Ela pode surgir em várias fases do processo: durante a espera pelos resultados, ao lidar com a possibilidade de múltiplas tentativas, ou ao enfrentar o medo de que a gestação não aconteça. A psicologia atua aqui para ajudar o casal a reconhecer esses sentimentos, processá-los e adotar estratégias de enfrentamento que mantenham sua vibração em um nível saudável.

A Importância da Vibração e a Realidade dos Resultados

É crucial destacar que, embora a psicologia possa ajudar a melhorar a vibração emocional do casal, não há garantia de que a gestação ocorrerá. A reprodução assistida, como qualquer outra intervenção médica, tem suas limitações. Mesmo com todas as condições favoráveis e uma abordagem mental positiva, o sucesso não é garantido. Isso, porém, não diminui o valor do processo. O que a psicologia busca é apoiar o casal em sua jornada, respeitando suas decisões e ajudando-os a lidar com qualquer resultado de maneira equilibrada.

O respeito profundo pela decisão e vontade da família é central para o trabalho dos profissionais de reprodução assistida. Cada passo dado no processo é feito em conjunto com o casal, sempre alinhado com seus desejos e expectativas. A psicologia, nesse sentido, é um parceiro que caminha ao lado da família, proporcionando suporte emocional e ajudando a alinhar expectativas com a realidade do tratamento.

Além da Reprodução: Construindo uma Nova Perspectiva

A ciência da reprodução humana vai além de simplesmente ajudar na concepção de uma vida. Ela está intrinsecamente ligada à construção de uma nova perspectiva sobre a criação da família. Cada família que passa pelo processo de reprodução assistida traz consigo uma história única, e cada jornada é marcada por suas próprias vitórias e desafios.

Por isso, é fundamental que a reprodução humana seja vista como um campo que imita a natureza de forma respeitosa, trabalhando em harmonia com o desejo da família de trazer uma nova vida ao mundo. Os profissionais envolvidos, em vez de serem “criadores”, são facilitadores, que utilizam seu conhecimento e habilidades para apoiar o processo natural de concepção, sempre com ética e respeito pelas vidas envolvidas.

A reprodução assistida não deve ser entendida como uma manipulação da natureza, mas como uma extensão da capacidade humana de cuidar e promover a vida. Assim, a vibração emocional e mental do casal torna-se um elemento essencial nesse processo, influenciando não apenas a experiência do tratamento, mas também a forma como o casal vivencia sua jornada para a parentalidade.

Conclusão

Em suma, a reprodução humana, enquanto ciência, oferece possibilidades extraordinárias para aqueles que desejam formar uma família, mas que enfrentam dificuldades no processo natural de concepção. Longe de “brincar de Deus”, essa ciência trabalha em respeito à natureza e ao desejo genuíno das famílias. O papel dos profissionais, especialmente dos psicólogos, é fundamental para apoiar emocionalmente os casais, ajudando-os a manter uma vibração positiva e saudável ao longo de toda a jornada. Dessa forma, a ciência da reprodução humana se torna uma aliada poderosa na realização do sonho da parentalidade, sempre em harmonia com os valores e desejos das famílias envolvidas.

Dr. Danilo Suassuna

09/3697

Rose Melamed

06/11807

Dra Katia Straube

CRP 800308

Ms. Mariana Saloio

CRP 09/12344

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Danilo Suassuna
Danilo Suassuna

Dr. Danilo Suassuna Martins Costa CRP 09/3697 CEO do Instituto suassuna, membro fundador e professor do Instituto Suassuna ; Psicoterapeuta há quase 20 anos, é psicólogo, mestre e doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás(PUC-GO);

Especialista em Gestalt-terapia pleo Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestal-terapia de Goiânia (ITGT - GO). Doutor e Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2008) possui graduação em Psicologia pela mesma instituição. Pós-Doutorando em Educação;

Autor dos livros:

  • Histórias da Gestalt-Terapia – Um Estudo Historiográfico;
  • Renadi - Rede de atenção a pessoa idosa;
  • Supervisão em Gestalt-Terapia; Teoria e Prática;
  • Supervisão em Gestalt-Terapia: O cuidado como figura;

Foi professor da PUC - GO e do ITGT - GO entre os anos de 2006 e 2011; Membro do Conselho Consultivo da Revista da Aborgagem Gestáitica: Phenomenological Studies (RAG), além de consultor Ad - hoc da Revista em Psicologia em Revista (PUC - Minas); Organizador do livro Supervisão em Gestaltt-Terapia, bem como autor de artigos na área da Psicologia; Professor na FacCidade.

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