Relacionamento com Psicólogo: O Que Pode ou Não Pode?

  • post publicado em 13/08/24 às 15:07 PM
  • Tempo estimado de leitura: 3 minutos

 

O relacionamento entre paciente e psicólogo(a) é uma parte fundamental do processo terapêutico. Estabelecer limites claros é crucial para garantir a eficácia do tratamento e a ética profissional. Vamos explorar o que é apropriado ou não nesse tipo de relação, respondendo a algumas dúvidas comuns sobre interações fora do contexto terapêutico.

Limites Profissionais e Éticos

Os psicólogos seguem um código de ética rigoroso que visa proteger tanto o paciente quanto o terapeuta. Esses limites são estabelecidos para manter a objetividade, a confidencialidade e a eficácia do tratamento. Manter uma relação profissional estritamente dentro do ambiente terapêutico é essencial para evitar conflitos de interesse e preservar a neutralidade do terapeuta.

Pode Seguir o Psicólogo nas Redes Sociais?

Pode seguir ou ser seguido, dependendo de um combinado com o seu psicólogo(a). Isso depende de cada relação, bem como de como você se sente, confortável ou não, em saber um pouco mais da vida um do outro. É fundamental discutir essa possibilidade abertamente com o terapeuta para garantir que ambos se sintam confortáveis e que a relação terapêutica não seja comprometida .

Pode Chamar o Psicólogo para Aniversário ou Eventos Pessoais?

É incomum que o profissional aceite, mas poder chamar pode. Todo cuidado é pouco no momento de eventos pessoais, como aniversários, pois pode confundir os papéis e afetar a dinâmica terapêutica. O psicólogo(a) deve manter uma postura profissional, evitando envolvimentos sociais que possam comprometer a relação terapêutica. A aceitação de tais convites deve ser cuidadosamente considerada e discutida entre as partes envolvidas .

Comunicação Limitada Fora das Sessões

Pode haver comunicação assíncrona via redes sociais e aplicativos de mensagens. Além do contato para marcar consultas, alguns psicólogos podem aceitar comunicações limitadas através de aplicativos como Telegram ou Instagram, sempre dentro dos limites estabelecidos e para questões relacionadas ao tratamento. É importante que esse tipo de comunicação seja claramente discutido e acordado no início da terapia .

Presenteá-lo

Atenção e cuidado são necessários ao oferecer presentes. Presentes podem ser interpretados de várias maneiras e comprometer a neutralidade da relação. Se você sentir a necessidade de expressar gratidão, uma carta de agradecimento pode ser uma alternativa mais apropriada. Qualquer presente deve ser discutido e considerado cuidadosamente para garantir que não interfira na dinâmica terapêutica .

Conclusão

O relacionamento com um psicólogo(a) deve ser cuidadosamente gerido para manter a eficácia do tratamento e a integridade profissional. É importante respeitar os limites éticos e manter a relação dentro do contexto terapêutico. Cada relação se estabelece a seu modo, mas tudo deve estar bem esclarecido desde o início para que os papéis não se confundam. Se você tem dúvidas sobre o que é apropriado, converse abertamente com o seu terapeuta.

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Dr. Danilo Suassuna
Psicólogo CRP 09/3697
CEO Instituto Suassuna

Referências

  1. Zur, O. (2012). Boundaries in Psychotherapy. In The Ethical Framework for Good Practice in Counselling and Psychotherapy.
  2. Kolmes, K. (2010). Social Media in the Future of Professional Psychology. American Psychologist.
  3. Barnett, J. E. (2008). The Ethical Practice of Psychotherapy: Clearly within Our Reach. Journal of Clinical Psychology.
  4. Lazarus, A. A. (1994). How Certain Boundaries and Ethics Diminish Therapeutic Effectiveness. Ethics & Behavior.
  5. Reamer, F. G. (2017). Evolving Standards of Care in the Age of Cybertechnology. Behavioral Sciences & the Law.
  6. Pope, K. S., & Vasquez, M. J. T. (2016). Ethics in Psychotherapy and Counseling: A Practical Guide.
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Danilo Suassuna
Danilo Suassuna

Pós doutorando em Educação, Psicoterapeuta há quase 20 anos, é psicólogo, mestre e doutor em Psicologia pela PUC-GO. Especialista em Gestalt-terapia pelo ITGT – GO. Foi professor da PUC-GO e do ITGT-GO entre os anos de 2006 e 2011.

É CEO, membro fundador e professor do Instituto Suassuna (IS-GO) e membro do Conselho Consultivo da Revista da Abordagem Gestáltica: Phenomenological Studies (RAG), além de consultor Ad – hoc da Revista em Psicologia em Revista (PUC-Minas).

É autor dos livros: – Histórias da Gestalt – terapia no Brasil – Um estudo historiográfico – Organizador do livro Renadi: a experiência do plantar em Goiânia – Organizador do livro Supervisão em Gestalt-Terapia, bem como autor de artigos na área da Psicologia.