Perdi meu pet, e agora?

  • 6 fev

Como lidar com o luto do pet? Dicas para superar o luto do animal de estimação

O vínculo estabelecido entre humanos e animais, sejam eles mamíferos ou não, vem se tornando cada vez maior. As expressões das emoções acabam por se intensificar e é sabido que a convivência com animais beneficia tais interações, independente da idade.

Para além da expressão das emoções pode-se perceber o vínculo de afeto estabelecido entre a pessoa e seu animal, que não obstante é denominado como “de estimação”. Ou seja, na raiz da palavra, percebe-se a estima que tem-se por esse ser que, mesmo não tendo comportamentos verbais entendíveis ao ser humano, parecem se comunicar por meio de gestos e olhares, por vezes traduzidos nesta relação afetiva.

Percebe-se que os animais desempenham funções importantes na vida dos indivíduos, que pra mim, pode-se traduzir, principalmente pela expressão e sensação de BEM ESTAR. Não quero aqui colocar nomes ou dar vazão aos sentimentos de uma ou outra pessoa, privilegiar um ou outro nome de sentimento, mas apontar a importância dessa relação em nosso dia a dia (evidentemente, para aqueles que gostam de pets).

Infelizmente, em nossa sociedade, por vezes o luto de proprietários adultos, de pets, não é reconhecido! Por vezes é tido como um luto não autorizado (Doka 1989) ou indevido. Muitas vezes espera-se, principalmente do adulto, que saiba lidar com esta perda ou com o rompimento desse vínculo como um “adulto”.

Traduzindo tudo isso, quero afirmar aqui que existe sim um vazio que surge com a morte do animal, e urge ser cuidado! O vínculo com os animais sempre serão singulares, o que nos leva a pensar que o cuidado, com o dono, também deve ser singular.

Quando estamos falando de nossos animais de estimação, não falamos apenas de um “bicho” qualquer. Referimo-nos a uma relação extremamente afetiva!

Embora a experiência do luto seja individual, é extremamente importante que alguns fatores, externos e internos, sejam respeitados:

Internos

  • Aceite seus sentimentos. Seja culpa, saudade, amor ou raiva, dê vazão aos seus sentimentos. Pode ser pela fala, ao compartilhar com alguém, ou no silêncio de uma aula de Muay Thai! coloque pra fora!

  • A dor é única e individual! Assim, respeite o tamanho da sua dor! Só você sabe da sua ligação afetiva com o animal.

  • Relembre bons momentos! Ao lembrar dos bons momentos a saudade aperta ainda mais, concordo. Mas só temos saudade do que foi bom. Permita-se reviver esses momentos, seja com vídeos, fotos ou mesmo com histórias engraçadas. Sei que deve ter um monte aí, vai…

  • Não se preocupe com as fases do luto, elas servem mais para distrair você do que te ajudar num processo de vivência do momento!

Externos

  • Apoio recebido por amigos e parentes;

  • Não julgamentos;

  • Escuta ativa as lembranças;

  • Decisão sobre como será o enterro ou cremação;

  • Nunca tente substituir um animal com outro, o luto deve ser vivido

  • Se houver velório, leve a criança e deixe com que ela se despeça. A despedida faz parte dos processos da vida!

Lembre-se que devemos cultivar relações saudáveis, cuidando de nós, do próximo como também de nossos animais de estimação. Assim, poderemos, juntos, caminhar para a finitude humana de forma mais saudável e menos traumática!

Se você gosta de ler, aí vai uma indicaçãoA morte é um dia que vale a pena viver. Esta obra de Ana Cláudia Quintana Arantes, publicada pela Sextante, traz uma perspectiva nova sobre um novo olhar para a vida.

Atualmente considerada uma das maiores referências em Cuidados Paliativos no Brasil, a autora aborda o tema da finitude sob um ângulo surpreendente. Segundo ela, o que deveria nos assustar não é a morte em si, mas a possibilidade de chegarmos ao fim da vida sem aproveitá-la, de não usarmos nosso tempo da maneira que gostaríamos.

Para quem deseja saber, aqui vai uma curiosidade importante!

Você sabia que já tem até projeto de lei para esse assunto?

Existe um projeto de lei de autoria do deputado estadual Bruno Ganem (Podemos), o projeto de lei complementar nº 47/2021 propõe alterar a Lei nº 10.261, que dispõe sobre o estatuto dos funcionários públicos civis de São Paulo, a fim de considerar como de efetivo exercício o dia em que o funcionário estiver afastado do serviço devido à morte de um pet.

Neste documento tem-se a defesa de que o luto deva ser respeitado em todo seu âmbito, seja ele pela morte do cônjuge, bem como filhos, pais, irmãos dentre outras pessoas queridas para a família. Neste sentido, amplia a discussão para o enlutamento frente a perda de um animal de estimação.

Se interessou pelo assunto né! Isso é fantástico!

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