O filho pode ficar longe da mãe?
Automaticamente nossa resposta é “Não, não pode!”. É verdade que a conexão e o contato físico são imprescindíveis para a vida humana. Principalmente nos marcos dos seis primeiros meses esta relação necessita ser intensa e a disponibilidade também. A partir do momento que inicia a introdução alimentar ele já está falando para você, posso comer com outra pessoa, caso esteja em amamentação exclusiva. E assim, seu filho deve ir conquistando várias etapas de autonomia, sentar, engatinhar, andar e falar. Estas etapas vão se apresentando bem rápido e ele vai entendendo que ele é um ser separado da mãe e vai nesse processo construindo sua identidade.
Até 3 anos a necessidade psíquica é de aceitação e pertencimento por parte desta família para ele se sentir seguro. No entanto, esta segurança não se dá só na presença física constante com supervisão.
Este texto não é um julgamento a mães que escolhem ficar com seus filhos em casa até determinada idade e sim uma forma de ampliar a visão das necessidades de vocês. Este período pode ser marcado por culpa, auto cobrança exagerada e medos. E estes sentimentos não contribui no vínculo com seu filho.
Seu filho precisa do seu amor, cuidado e proteção e isso outros adultos responsáveis podem fornecer a ele também. Não se aprisione na relação com seu filho, divida as responsabilidades, solicite ajuda, abra mão do controle e dê a oportunidade de vocês dois aprenderem com outras relações. Só garanta que o coração de vocês está conectado e o amor faz morada.
É Psicóloga(o) e gostou do tema? Nós temos uma pós esperando por você a PSICOLOGIA PERINATAL E OBSTÉTRICA, clique aqui e conheça mais sobre ela!
Gláucia Machado Moreira Domingues
Psicóloga obstétrica
CRP 12/ 07354