Infertilidade e seus desafios emocionais: como um psicólogo pode ajudar?

  • post publicado em 11/02/22 às 09:21 AM
  • Tempo estimado de leitura: 2 minutos

 

As recomendações de uso das Técnicas de Reprodução Assistida ocorrem, em
geral, quando o casal não pode esperar muito tempo para engravidar. A fertilidade feminina
tende a diminuir a partir dos 35 anos, idade adulta na qual as exigências de produtividade
demandam cada vez mais em todas as áreas – o casal fica imerso na busca da realização
do projeto parental.

A vida é marcada por frustrações: lidar com elas é um dos principais desafios que
temos – é o que nos torna humanos. O diagnóstico de infertilidade se caracteriza como um
desses desafios, marcando um ponto de virada para a tomada de decisões na vida de um
casal. Aqueles que se submetem ao tratamento apresentam um quadro emocional marcado
por angústia intensa, prazo de tempo por vezes escasso e alta expectativa de que o médico
consiga lhe dar o tão sonhado filho. Nesse contexto, as representações sobre a vivência da
infertilidade produzem efeitos que desafiam o sentimento de bem-estar das pacientes. Para
aqueles que desejam realizar o projeto parental, tal realidade gera um desconforto que
muitas vezes se estende para além dos sentimentos já vividos ou conhecidos, o que é
agravado pela falta de data para o término desse ciclo.

Em função disso, a intervenção de outros profissionais, como psicólogos, no
processo pode ser vista como ameaçadora ou intrusiva, podendo intimidar ainda mais esses
pacientes, já que tal contato pode suscitar dúvidas quanto à possibilidade de a infertilidade
estar relacionada a questões emocionais; entretanto, é sabido que toda a situação de
estresse afeta o sistema imunológico, por isso, o casal precisa de um espaço para
descansar a mente, descansar o corpo e reconsiderar planos. O apoio psicológico é o
espaço concreto e simbólico para a expressão e a validação da perda da capacidade de
facilmente conceber. Se conscientizar sobre o que podemos (e não podemos) controlar e
sobre os nossos níveis de ansiedade e ter um objetivo ou algo a realizar enquanto os
procedimentos e investigações seguem são recursos valiosos para assegurar a saúde física
e mental. Um psicólogo pode ajudar o casal a se perguntar como desejam olhar para a vida
nessa ocasião, como aproveitar o dia a dia e a passagem do tempo e como refletir acerca
das habilidades, dos sonhos, do papel social do casal e do próprio espaço conjugal.
Psicóloga Dra Gisleine Lourenço CRP 07/07084

Capacitação em Reprodução Assistida pela SBRA
Atendimento online e presencial
Telefone: (51) 999853879
Insta: @psicologagisleinelourenco

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Danilo Suassuna
Danilo Suassuna

Dr. Danilo Suassuna Martins Costa CRP 09/3697 CEO do Instituto suassuna, membro fundador e professor do Instituto Suassuna ; Psicoterapeuta há quase 20 anos, é psicólogo, mestre e doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás(PUC-GO);

Especialista em Gestalt-terapia pleo Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestal-terapia de Goiânia (ITGT - GO). Doutor e Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2008) possui graduação em Psicologia pela mesma instituição. Pós-Doutorando em Educação;

Autor dos livros:

  • Histórias da Gestalt-Terapia – Um Estudo Historiográfico;
  • Renadi - Rede de atenção a pessoa idosa;
  • Supervisão em Gestalt-Terapia; Teoria e Prática;
  • Supervisão em Gestalt-Terapia: O cuidado como figura;

Foi professor da PUC - GO e do ITGT - GO entre os anos de 2006 e 2011; Membro do Conselho Consultivo da Revista da Aborgagem Gestáitica: Phenomenological Studies (RAG), além de consultor Ad - hoc da Revista em Psicologia em Revista (PUC - Minas); Organizador do livro Supervisão em Gestaltt-Terapia, bem como autor de artigos na área da Psicologia; Professor na FacCidade.

Acesse o Lattes: http://lattes.cnpq.br/8022252527245527