Dica para Mulheres sobre Preservação da Fertilidade

  • post publicado em 21/06/20 às 20:00 PM
  • Tempo estimado de leitura: 2 minutos

 

O congelamento de óvulos pode ser indicado em diversos momentos da vida da mulher, além da preservação da fertilidade de pacientes com câncer. As outras indicações mais comuns são a presença de doença ovariana como a endometriose, previamente às cirurgias ovarianas por diferentes patologias, no diagnóstico de reserva ovariana reduzida antes da ocorrência da menopausa precoce e outras situações.

A preservação da fertilidade com congelamento de óvulos pode ser realizada também em casos em que há o desejo ou necessidade da mulher em postergar a maternidade, uma vez que o relógio biológico não espera.

Um estudo realizado com quase 450 brasileiras elegíveis para preservação de fertilidade com média de idade de 33 anos, demonstrou que 85,4% considerariam a criopreservação de óvulos como uma forma de aumentar suas chances de fertilidade futura. Quase 90% delas já tinha algum conhecimento sobre a possibilidade de congelar óvulos como uma tentativa de prolongar a fertilidade e a postergar a maternidade.

Sabe-se que a qualidade do óvulo, a taxa de fertilização dos gametas e a evolução embrionária estão diretamente associados à idade feminina. Estudos publicados na literatura mostram que uma paciente submetida a um ciclo de fertilização in vitro com os próprios óvulos frescos, aos 42 anos, tem uma taxa de gravidez de 6,6% por transferência. Caso a mesma paciente tivesse congelado os óvulos aos 30 anos, aproveitando seus óvulos descongelados aos 42 anos, num ciclo de reprodução assistida, teria uma taxa estimada de mais de 40% de sucesso para engravidar. Por isso, quanto mais cedo a mulher congelar seus óvulos, melhores serão as taxas de sucesso posteriormente.

 Isso é uma realidade por que, em idade mais precoce, a reserva ovariana que se encontra em melhores perspectivas de resposta aos estímulos hormonais, possibilitando obtenção de mais óvulos com maior qualidade e potencial reprodutivo. A busca pela preservação da fertilidade com o congelamento de óvulos ainda tem ocorrido acima dos 30 anos revelando a importância de alertar a população e os profissionais que a assistem as mulheres para estimular uma busca mais precoce.

PROF. DR. EDUARDO CAMELO DE CASTRO

CRM GO: 11384

▶️ Especialista em Ginecologia pela Santa Casa de São Paulo (RQE: 5694)

▶️ Especialista em Reprodução Assistida pela FEBRASGO-AMB (RQE: 11406)

▶️ Diretor Associado da Humana Medicina Reprodutiva

▶️ Professor Adjunto de Reprodução Humana Assistida da Medicina UFG

▶️ Presidente do Conselho dos Delegados da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana

▶️ Membro do Conselho Editorial da Revista Human Reproduction Archives

Photo by Carlo Navarro on Unsplash

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Danilo Suassuna
Danilo Suassuna

Pós doutorando em Educação, Psicoterapeuta há quase 20 anos, é psicólogo, mestre e doutor em Psicologia pela PUC-GO. Especialista em Gestalt-terapia pelo ITGT – GO. Foi professor da PUC-GO e do ITGT-GO entre os anos de 2006 e 2011.

É CEO, membro fundador e professor do Instituto Suassuna (IS-GO) e membro do Conselho Consultivo da Revista da Abordagem Gestáltica: Phenomenological Studies (RAG), além de consultor Ad – hoc da Revista em Psicologia em Revista (PUC-Minas).

É autor dos livros: – Histórias da Gestalt – terapia no Brasil – Um estudo historiográfico – Organizador do livro Renadi: a experiência do plantar em Goiânia – Organizador do livro Supervisão em Gestalt-Terapia, bem como autor de artigos na área da Psicologia.