Depressão: como identificar os sinais e buscar apoio

  • post publicado em 01/10/25 às 17:24 PM
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Depressão: como identificar os sinais e buscar apoio

Introdução

A depressão não é só tristeza.
É também cansaço, falta de energia, a sensação de que até pequenas tarefas viram montanhas.

Talvez você já tenha vivido isso: acordar, olhar para o dia que começa e sentir que sair da cama parece uma missão impossível. Para algumas pessoas, esse não é um dia isolado, mas uma rotina marcada pelo peso invisível da depressão.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 300 milhões de pessoas convivem com esse transtorno em todo o mundo. No Brasil, ele é uma das principais causas de afastamento do trabalho e impacto na qualidade de vida.

Mas afinal: como diferenciar uma tristeza comum de um quadro depressivo?

O que é depressão?

Muita gente ainda pensa na depressão como “frescura” ou “falta de força de vontade”. Mas isso é mito.
A depressão é um transtorno de humor sério, que afeta corpo, mente e relações.

Enquanto a tristeza normal tende a ter uma causa clara e diminui com o tempo, a depressão é marcada por tristeza persistente, perda de interesse, alterações no sono e no apetite e uma sensação de vazio que não passa.

Sintomas: quando a tristeza pede atenção

Como diferenciar? Observe a intensidade e a duração. Os sintomas mais comuns incluem:

  • No humor: tristeza profunda, desesperança, baixa autoestima.
  • No corpo: fadiga constante, alterações no sono, dor sem causa aparente.
  • No comportamento: isolamento social, perda de prazer em atividades que antes faziam sentido.
  • Nos pensamentos: culpa exagerada, pessimismo, ideias de morte em casos graves.

Imagine alguém que sempre gostou de cozinhar, mas que há semanas não encontra prazer em preparar uma refeição. Ou aquela pessoa que adorava conviver com amigos e agora evita convites. Esses sinais precisam ser levados a sério.

Causas e fatores de risco

A depressão não tem uma causa única. Ela nasce da combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais:

  • Genética: histórico familiar aumenta a vulnerabilidade.
  • História de vida: perdas, violências ou traumas podem deixar marcas profundas.
  • Condições atuais: estresse crônico, solidão, sobrecarga no trabalho.
  • Saúde física: doenças crônicas ou neurológicas podem contribuir para o quadro.

Muitas vezes, a pergunta que surge é: “Por que comigo?”. A resposta está na interação de predisposição e ambiente — não é culpa de ninguém.

O que ajuda no dia a dia

Existem práticas que podem oferecer algum alívio, ainda que não substituam o acompanhamento profissional:

  • Exercícios físicos regulares.
  • Rotina de sono consistente.
  • Contato com pessoas de confiança, mesmo que rápido.
  • Práticas de relaxamento e atenção plena.
  • Evitar automedicação, álcool ou drogas como forma de “anestesia”.

Esses cuidados podem amenizar o sofrimento, mas a depressão exige tratamento estruturado.

Psicoterapia e abordagens no tratamento

A depressão pode ser tratada, e a psicoterapia é um dos pilares mais importantes desse processo. Diferentes abordagens oferecem caminhos possíveis:

  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): ajuda a identificar pensamentos automáticos negativos e substituí-los por padrões mais saudáveis.
  • Gestalt-terapia: trabalha a consciência do aqui e agora, permitindo que a pessoa ressignifique sua experiência.
  • Psicanálise: explora os conteúdos inconscientes que podem estar ligados à origem do sofrimento.
  • Abordagens Humanistas e Existenciais: oferecem acolhimento e favorecem a busca por sentido.
  • ABA e terapias comportamentais: estruturam mudanças de comportamento em quadros específicos.
  • ACT e Mindfulness: fortalecem a aceitação e a vivência plena, sem aprisionamento nos pensamentos negativos.

Mais do que escolher “a melhor técnica”, o fundamental é a relação de confiança com o psicólogo.

Quando procurar ajuda profissional?

Se a tristeza dura semanas, se há perda de prazer, se o corpo não responde como antes ou se os pensamentos negativos parecem dominar, é hora de procurar apoio.

E quando surgem pensamentos de morte, o cuidado precisa ser imediato.

A visão do psicólogo atuante

Como ressalta o Dr. Danilo Suassuna, psicólogo, doutor e pós-doutor em Psicologia:

“A depressão não deve ser encarada como fraqueza ou falta de fé. Ela é uma condição clínica que precisa de cuidado. E cuidado exige presença: do psicólogo, da família, da rede de apoio. Cada pessoa tem sua história, e o tratamento é sempre uma construção única.”

Conclusão

A depressão pode ser enfrentada. Com apoio profissional, estratégias de cuidado e, muitas vezes, acompanhamento médico, é possível retomar a vida com qualidade e propósito.

No Todos Cuidados, você encontra psicólogos especializados em saúde mental prontos para oferecer escuta e tratamento adequado.

E se você é psicólogo e deseja ampliar sua atuação, uma especialização em psicologia ou uma pós em psicologia pode ser o próximo passo. É o investimento que transforma não apenas a carreira, mas também a vida de quem será atendido.

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Danilo Suassuna
Danilo Suassuna

Dr. Danilo Suassuna Martins Costa CRP 09/3697 CEO do Instituto suassuna, membro fundador e professor do Instituto Suassuna ; Psicoterapeuta há quase 20 anos, é psicólogo, mestre e doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás(PUC-GO);

Especialista em Gestalt-terapia, Doutor e Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2008) possui graduação em Psicologia pela mesma instituição. Pós-Doutorando em Educação;

Autor dos livros:

  • Histórias da Gestalt-Terapia – Um Estudo Historiográfico;
  • Renadi - Rede de atenção a pessoa idosa;
  • Supervisão em Gestalt-Terapia; Teoria e Prática;
  • Supervisão em Gestalt-Terapia: O cuidado como figura;

Organizador do livro Supervisão em Gestaltt-Terapia, bem como autor de artigos na área da Psicologia; Professor na FacCidade.

Acesse o Lattes: http://lattes.cnpq.br/8022252527245527