Nos últimos dias, circulou a informação de que a Defesa Civil de São Paulo teria emitido um alerta de terremoto para o Estado. A notícia, rapidamente compartilhada em redes sociais e aplicativos de mensagens, gerou apreensão entre muitas pessoas. No entanto, o órgão responsável negou ter feito qualquer comunicado oficial. Esse episódio revela um fenômeno psicológico interessante: por que somos tão suscetíveis a informações alarmantes? Como o medo coletivo se espalha? E como podemos lidar melhor com ele?
O Medo Como Resposta Natural
O medo é uma emoção essencial para a sobrevivência. Ele ativa o sistema límbico, parte do cérebro responsável por processar emoções e preparar o corpo para o perigo. Quando recebemos uma informação que sugere ameaça – como um possível terremoto –, nossa amígdala entra em ação, desencadeando reações fisiológicas como aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da atenção e liberação de hormônios do estresse.
Essa resposta automática já foi fundamental para a sobrevivência dos nossos ancestrais, ajudando-os a fugir de predadores ou se proteger de ameaças reais. No entanto, em um mundo hiperconectado, onde recebemos notícias instantaneamente e sem tempo para processamento crítico, essa mesma resposta pode nos levar a reações exageradas e desnecessárias.
Como a Desinformação Amplifica o Medo?
Quando estamos diante de uma situação incerta, buscamos informações rapidamente – e, muitas vezes, não verificamos a fonte antes de compartilhá-las. Esse comportamento é explicado por um viés cognitivo conhecido como heurística da disponibilidade (Kahneman & Tversky, 1974). Segundo essa teoria, tendemos a superestimar a probabilidade de um evento ocorrer quando acabamos de ouvir falar sobre ele.
Ou seja, mesmo que terremotos sejam extremamente raros no Brasil, o simples fato de recebermos um suposto alerta nos faz acreditar que estamos em risco iminente. Isso faz com que o medo coletivo se espalhe de forma ainda mais intensa.
Além disso, em momentos de ansiedade, nossa capacidade crítica diminui. Passamos a aceitar informações sem questioná-las, reforçando o ciclo de desinformação e aumentando o pânico.
Dicas para Lidar com o Medo e a Ansiedade em Tempos de Informação Rápida
Diante desse cenário, é fundamental adotar estratégias para regular as emoções e evitar cair em armadilhas psicológicas. Algumas atitudes simples podem ajudar:
✅ Verifique as fontes antes de compartilhar informações – Sempre busque confirmações em órgãos oficiais, como a Defesa Civil, o Instituto de Geociências e outras entidades confiáveis.
✅ Pratique a autorregulação emocional – Técnicas como respiração profunda, mindfulness e exercícios físicos ajudam a reduzir a ativação do sistema de alerta do cérebro.
✅ Desenvolva pensamento crítico – Questione a validade das informações recebidas e evite espalhar conteúdos sem confirmação.
✅ Busque apoio psicológico quando necessário – Se você sente que o medo e a ansiedade estão afetando sua qualidade de vida, procurar ajuda profissional pode ser essencial.
O Medo Coletivo e a Importância do Cuidado Contínuo
A ansiedade gerada por eventos como esse pode ser um reflexo de um estado emocional mais amplo. Se o medo tem se tornado frequente e intenso na sua rotina, impactando sua saúde mental e bem-estar, é importante olhar para isso com atenção.
No Instituto Suassuna, desenvolvemos o Projeto “Todos Cuidados”, que oferece suporte psicológico contínuo para quem busca equilíbrio emocional. Nosso time de profissionais está preparado para ajudar você a lidar com ansiedade, estresse e outras questões emocionais, de forma acessível e acolhedora.
Se você sente que precisa de apoio, conheça mais sobre o Todos Cuidados e dê o primeiro passo para uma vida mais tranquila e equilibrada. Acesse: 👉 https://institutosuassuna.com.br/todos-cuidados/
💡 Lembre-se: o medo pode ser um aliado quando bem administrado, mas, quando se torna intenso e persistente, pode prejudicar nossa qualidade de vida. A informação de qualidade e o cuidado com a saúde mental são as melhores ferramentas para enfrentar tempos de incerteza.
📌 E você, já viveu uma situação em que um boato causou medo desnecessário? Como lidou com isso? Compartilhe nos comentários!