Sou a melhor pessoa para atender esse sujeito?

  • post publicado em 16/05/22 às 16:59 PM
  • Tempo estimado de leitura: < 1 minutos

 

Ao refletir sobre as condições da análise, é necessário se pensar como analista. Como explica o psicanalista João Camilo, os analisandos vão sempre ter algo em comum com o analista e, em alguns momentos, isso se torna muito difícil. Se o sujeito está passando por um divórcio, por exemplo, e o analista também está nesse processo, é possível que os sintomas trazidos para o consultório o toquem demasiadamente.

Um bom exemplo dessa questão é apresentado na quarta temporada da série “Sessão de Terapia” (disponível na Globoplay), protagonizada pelo ator Selton Mello. No enredo, o analista Caio atende a pré-adolescente Guilermina enquanto lida com uma tragédia com a própria filha. Com essa e outras analisandas e analisandos, o jovem e perspicaz psicólogo também se vê diante de conflitos que remetem a seus próprios traumas.

Como explica João Camilo, esse tipo de conflito é comum na vida real, no cotidiano dos psicanalistas. Nesse momento, cabe a ele ou ela se perguntar se consegue lidar com a demanda. Para Camilo, se dispensarmos todos que nos tocam, teremos poucos analisandos. No entanto, se aquela questão que nos toca é totalmente tensa, algo central, a recomendação é encaminhar o analisando para outro profissional.

O estudo sobre as condições da análise é parte da Especialização em Psicanálise, oferecida pelo Instituto Suassuna. Com a coordenação de João Camilo, o curso traz módulos como introdução à psicanálise, metapsicologia, clínica contemporânea, psicoses, ética, pesquisa e mais para um conhecimento profundo sobre a área. As inscrições estão abertas!

Compartilhe esse conteúdo:

Danilo Suassuna
Danilo Suassuna

Pós doutorando em Educação, Psicoterapeuta há quase 20 anos, é psicólogo, mestre e doutor em Psicologia pela PUC-GO. Especialista em Gestalt-terapia pelo ITGT – GO. Foi professor da PUC-GO e do ITGT-GO entre os anos de 2006 e 2011.

É CEO, membro fundador e professor do Instituto Suassuna (IS-GO) e membro do Conselho Consultivo da Revista da Abordagem Gestáltica: Phenomenological Studies (RAG), além de consultor Ad – hoc da Revista em Psicologia em Revista (PUC-Minas).

É autor dos livros: – Histórias da Gestalt – terapia no Brasil – Um estudo historiográfico – Organizador do livro Renadi: a experiência do plantar em Goiânia – Organizador do livro Supervisão em Gestalt-Terapia, bem como autor de artigos na área da Psicologia.